Palestra e Brunch Também em Curitiba
Palestra e Brunch Também em Curitiba
No dia 02 de agosto (2014) foi a vez de Curitiba. Também com palestra de Denis Russo Burgierman e com um brunch – preparado exclusiva e especialmente com produtos orgânicos certificados -, o grupo de formandos recebeu amigos e familiares para celebrar a jornada cumprida com êxito.
A conversa girou em torno da importância das histórias no mundo contemporâneo e da crescente multiplicidade de meios e linguagens em que se manifestam nesta nossa sociedade multimidiática e globalizada. A roda do mundo gira, o tempo passa, mas as histórias continuam, sua matriz única e universal adaptando-se ao presente e ao futuro, num contínuo criar de novos caminhos.
Os formandos deram um passo relevante como integrantes, agora, desse campo morfogenético da longa tradição das histórias da vida real. Jovens, têm um horizonte à frente, para os que persistirem e continuarem a aperfeiçoar seu talento, pelos próximos anos, lapidando carreiras – torçamos todos para isso -, cumprindo o papel fundamental de leitura da nossa cada vez mais complexa civilização – para ficarmos próximos às palavras da fala de Denis -, função nobre reservada aos contadores de histórias. Mal sabemos que tecnologia terão à disposição para continuar a expandir e fazer brilhar sua arte daqui a 10 ou 20 ou 30 anos, mas uma coisa é certa: os que permanecerem fiéis à vocação manifestada nessa busca que se traduziu no Curso de Pós-Graduação em JL estarão tocando mentes e corações de leitores e todos os receptores de suas narrativas com sensibilidade, consistência e capacidade de dar sentido digno às histórias humanas que lhes cruzarem o destino. Pois é isso que os contadores de histórias fazem: transmitem, com maestra narrativa, o significado mais especial que podem captar das vidas cujo drama – particular e ao mesmo tempo universal – no teatro da existência é foco de sua imersão nesse pulsar ainda algo mágico e misterioso do viver.
Integraram o grupo tanto profissionais residentes em Curitiba quanto em distintas cidades do interior do Paraná e de Santa Catarina e geraram, ao longo dos vários meses do Curso, amostras promissoras do que já fazem e do que ainda podem fazer como escribas que em pleno século XXI honram essa habilidade humana fascinante – o poder escrever para contar histórias – nascida, pelo prisma da mitologia, quando Thot recebeu a incumbência divina de criar uma maneira dos homens se comunicarem com os deuses, no antigo egípcio.
O simbolismo é claro: a escrita, a narrativa e as histórias podem despertar no ser humano a consciência mais profunda, poética e tocante de sua própria identidade, de sua origem e de sua função – assim como de toda a nossa espécie – no grande teatro cósmico da existência de todos os dias e de todo o sempre, abrangendo do diminuto lugar de ocorrência do aqui e agora ao giro simultâneo estelar dos vários mundos e das infinitas possibilidades que constituem a realidade. Buscar compreendê-la de maneira cada vez mais integrada, vive-la para conta-la, expressá-la com exatidão de horizontes largos, mente, intuição e emoção em ação, é a jornada potencial dos jornalistas literários desta e das novas gerações que responderem ao grande chamado de cumprimento da sua vocação mais terna e mais nobre.
Foto: Annelize Tozetto
Grupo de formandos e professores da turma Curitiba 2013 |
Professores e o palestrante: um grupo especial de contadores de histórias reais. Esquerda para a direita: Mauri König, José Carlos Fernandes, Cristiano Castilho, Denis Russo Burgierman, Edvaldo Pereira Lima, Ben-Hur Demeneck |
Responses