#MapaDoLivro: Betiane Silva comenta ‘O Mentor’

EDVALDO PEREIRA LIMA – PUBLICADO EM 28/11/2018

#MapaDoLivro Betiane Silva, jornalista, amante de literatura e histórias de vida, participante do grupo de WhatsApp “Escritores de Não Ficção”, fez esse comentário sobre “O Mentor”, movida pela questão da Jornada do Herói:

“Li o livro do professor Edvaldo sobre a história de vida do Roberto Shinyashiki (eita sobrenome difícil de escrever…) Confesso que não conhecia o Roberto, mas conheço o professor Edvaldo, por isso resolvi comprar o livro, pois estava curiosa pra saber como é aplicar na prática a Jornada do Herói na história de alguém. Acredito que muitas outras pessoas vão comprar por conhecer o Roberto e por querer saber como ele chegou ao sucesso como palestrante.

Resumindo: gostei muito do livro porque consigo ver algumas técnicas da Jornada do Herói, como a transformação do personagem que era um rebelde sem rumo na adolescência para um senhor que se tornou mentor, fonte de inspiração pra muita gente. Percebi que esse mentor teve muitos mentores que foram essenciais para a sua jornada na vida, para torná-lo quem é hoje e que a doença do filho (spoiler…) foi o chamado à aventura.

Fico agradecida por ter me proporcionado esta experiência, pois pra mim valeu a pena saber que ninguém realiza sonhos e objetivos sem comer muita grama. Me senti muito inspirada pela história do Roberto.

Mas fiquei curiosa com duas coisas: como será que ele aplica a Jornada do Herói nas palestras que realiza? Nem sabia que isso era possível. E se essa experiência também transformou a forma do autor enxergar o mundo.”

Betiane, muito gentil seu comentário. Obrigado! É muito gratificante, para todo escritor, receber feedback dos leitores. Muito importante, pois o escritor escreve para seu público e não ter o retorno o deixa sem baliza. Fica sem saber como o leitor está recebendo seu trabalho. Como dizia Umberto Eco, toda narrativa é uma obra aberta. O livro que sai da cabeça do autor pode ser entendido de mil diferentes maneiras pelos leitores. E essa diversidade é maravilhosa.

Olhe, o Roberto é muito criativo nas palestras dele. Improvisa. Embora possa ter um roteiro pronto, avalia muito na hora a reação do público e pode mudar. Mas acredito que alguma vez ou outra tenha utilizado elementos da Jornada, sim. Em “O Mentor”, tem aquela passagem com Alexandre Lacava, em que Roberto pede a ele para preparar uma palestra estruturada na Jornada, pois deseja testá-la.

Minha forma de enxergar o mundo tem alguns pontos essenciais em comum com a visão do Roberto. Sem alguma sintonia fina com seu biografado, é quase impossível para um escritor produzir uma boa narrativa de história de vida.

Em essência, o mergulho profundo na história dele não provocou mudanças fundamentais. Mas é igualmente impossível a um autor de JL lançar-se tão intensamente na história de alguém sem ser tocado de alguma maneira importante. O que essa jornada me trouxe foi um conjunto de influências inovadoras no processo de produção de narrativas, por exemplo. Gostei de submeter os originais do livro a um número grande de leituras críticas (foram oito!). Ajudaram a tornar “O Mentor” melhor. Minha gratidão às pessoas que se deram a esse trabalho. E também a Rosely Boschini e Rosângela Barbosa, na Editora Gente. O diálogo entre o meu know how de escritor e jornalista literário e a larga experiência editorial de sucesso delas foi frutífero. O Roberto faz isso também quando cria uma palestra nova. Pretendo adotar esse procedimento nos livros futuros.

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